Presidente Lula e Ministra Marina Silva.(Foto: Ricardo Stuckert)
A sete meses da COP-30, Lula (PT) tem tudo para chegar ao evento com mais uma promessa não cumprida: “autoridade climática”, geringonça destinada a dividir o poder com o Ministério do Meio Ambiente e Ibama, não corre o risco de sair do papel. Sua criação exige a figura jurídica da emergência climática, como diz a ministra Marina Silva, mas, com o desinteresse do próprio governo, o projeto mofa. O texto de 2020 dormita desde 2021 na Comissão do Meio Ambiente da Câmara.
Projeto ioiô
Entre idas e vindas, a relatoria precisou ser escolhida três vezes, até que parou na deputada Socorro Neri (PP-AC), mas só em 2023.
Sono profundo
Em junho do ano passado, a deputada até apresentou relatório pela aprovação, mas pediu de volta quatro dias depois e a tramitação morreu.
Ativista da lorota
Lula prometeu criar o cargo na eleição de 2022, reforçou a lorota na posse de Marina e reiterou em Manaus, na seca do Amazonas (2024).
Ideia de jerico
No início do governo, Lula ensaiou nomear Simone Tebet a autoridade climática, à revelia de Marina Silva, que não gostou. Nem ninguém.