Adolescente de 16 anos produziu vídeos e fotos abusando de criança e compartilhou o material com pedófilo, que foi preso pela PF em 2024
São Paulo – Investigação da Polícia Civil de São Paulo aponta que um adolescente de 16 anos estuprou o irmão, de apenas 5, para produzir vídeos e fotos pornográficos a pedido de um adulto com o qual conversava em um aplicativo de mensagens.
O infrator foi levado a uma delegacia do centro paulistano, nessa quarta-feira (23/4), após a constatação do conteúdo de pedofilia feito por ele. No fim da tarde, a Justiça decretou a internação do adolescente, que foi encaminhado para a Fundação Casa, onde aguardará julgamento pelo ato infracional análogo ao crime de estupro de vulnerável.





A reportagem apurou que o pai e a mãe dele não faziam ideia dos estupros e do compartilhamento dos vídeos e das fotos com pornografia infantil, feitos no quarto do adolescente infrator. À criança vítima dos crimes sexuais foi oferecido suporte psicológico.
O criminoso, preso ano passado pela PF, tinha convencido o adolescente a estuprar o irmão pequeno, mais de uma vez, como provam os vídeos e as fotos compartilhados e, atualmente, apreendidos pela polícia.
O aplicativo usado pelo adolescente infrator conta com criptografia, que garante a proteção de mensagens, impedindo inclusive a própria equipe do Zangi de acessá-las.
A plataforma ainda funciona sem demandar muito dos dados do celular, além de oferecer alta qualidade de imagens, mesmo em conexões mais lentas.
Operação interestadual
Em novembro de 2024, São Paulo e mais quatro estados deflagraram a Operação Nix — que mirou suspeitos de pedofilia, estupros virtuais, além de mentores de ataques a escolas.
Um adolescente foi apreendido em Descalvado, interior paulista, apontado como um dos responsáveis pela administração de um grupo no qual ocorriam crimes sexuais virtuais.
Foram apreendidos outros três menores e presos dois adultos, em outros estados. Também foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, distribuídos entre Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e Distrito Federal.