Presidente nacional da OAB, Beto Simonetti afirma que a instituição atua de forma apartidária para garantir as prerrogativas da advocacia
Presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti afirma que a entidade atuou para garantir que advogados de Lula tivessem suas prerrogativas respeitadas durante o período da Lava Jato. E que, agora, age da mesma forma em relação à defesa de Bolsonaro no STF.
“Esses advogados argumentam que tiveram acesso às provas usadas pela PGR [Procuradoria-Geral da República] na denúncia, mas não às provas mencionadas, que a PGR considerou também prestarem para embasar a acusação. Solicitei ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, que esse material seja compartilhado para garantir o direito à defesa. Moraes se mostrou bastante atencioso durante a conversa”, prosseguiu o presidente da OAB.
Na semana passada, a instituição enviou um ofício a Alexandre de Moraes: “O Conselho Federal da OAB não pode deixar de clamar pela defesa das prerrogativas profissionais dos advogados, especialmente quanto ao direito de obter vista de processos”, diz trecho do ofício.
Defesa de Bolsonaro aciona OAB
A usurpação do direito dos advogados acarretaria em “prejuízos irreparáveis para a defesa, prejudicando a busca pela verdade material e comprometendo a efetividade da justiça”, continuou a Ordem dos Advogados do Brasil, no documento. Também assinaram o ofício o procurador-geral do Conselho Federal da OAB, Sérgio Leonardo, e o procurador nacional de Defesa das Prerrogativas da entidade, Alex Sarkis.
A iniciativa de Beto Simonetti ocorre após o advogado Paulo Bueno, que representa Bolsonaro, acionar a OAB: