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Agências espaciais de todo o planeta estão observando atentamente a movimentação de um asteroide recém-descoberto no espaço. Isso porque ele, batizado de 2024 YR4, tem uma chance recorde de colidir com o planeta daqui a alguns anos.
De acordo com pesquisadores financiados pela NASA, que descobriram o 2024 YR4, há uma chance atual entre 1,2% e 1,3% de que o asteroide atinja o planeta em dezembro de 2032. A porcentagem é pequena em número, mas é significativa no contexto: atualmente, não há outros corpos celestes monitorados que tenha mais de uma chance em cem de bater contra a Terra.
Apesar do valor recorde, ainda não há qualquer tipo de pânico por parte dos cientistas. Muitas variáveis estão em jogo nesse cálculo e a situação pode mudar consideravelmente nos próximos sete anos, até a data prevista da sua aproximação. Normalmente, esse percentual cai com o passar do tempo, seja por mudanças no trajeto ou maior obtenção de dados por parte das agências espaciais.
Além do 2024 YR4, que será observado de perto por astrônomos, há várias outras rochas espaciais de grande porte que têm a movimentação acompanhada. É o caso do 2011 UL21, também chamado de “assassino de planetas” e que chegou a ficar visível da Terra no ano passado, e o 99942 Apophis, que eventualmente vira notícia por riscos falsos de colisão com o planeta.
O que já sabemos sobre o 2024 YR4?
O 2024 YR4 foi descoberto em 27 de dezembro de 2024 por um telescópio do Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS), um laboratório de observação mantido no Chile pela NASA. Os astrônomos enviaram os dados para a agência norte-americana, que colocou o asteroide no sistema de monitoramento.
Segundo as informações preliminares, o asteroide tem entre 40 metros e 100 metros de comprimento. A agência espacial europeia diz que asteroides dessas dimensões “impactam a Terra em média a cada várias centenas de anos” e “podem causar danos severos para uma região“. O impacto é considerado próximo ao que aconteceu na Rússia em 1908, no chamado Evento de Tunguska, quando uma região de 40 quilômetros foi devastada por uma rocha espacial que virou uma bola de fogo e explodiu pouco antes de bater no solo.
Por volta do fim de 2028, novas medidas serão possíveis quando o 2024 YR4 estiver em um ponto de observação mais próximo da Terra. Por enquanto, ele seguirá em monitoramento pelos laboratórios especializados, ainda sem qualquer tipo de alerta ou planejamento para uma catástrofe.
Com informações: MSN