BRASIL: Ex-professor de colégio de elite que está preso, tinha fotos de menores nus

Preso em junho de 2024 após denúncias de estupro de vulnerável contra três adolescentes, Carlos Veiga Filho, ex-professor do tradicional Colégio Rio Branco, de São Paulo, armazenava centenas de fotos de crianças e adolescentes nus e em contextos sexuais em um HD externo de um terabyte.

O laudo foi obtido com exclusividade pelo UOL e faz parte do processo aberto na cidade de Serra Negra (SP), onde ele dava aulas no Colégio Libere Vivere desde 2014 e foi demitido após as primeiras denúncias. O caso é sigiloso e corre em segredo de Justiça.

Advogado de Veiga, Jhonatan Wilke foi procurado pela reportagem para se manifestar sobre a perícia, mas não houve resposta até a publicação deste texto.

A defesa afirma no processo que as atitudes de Veiga com os alunos não tinham conotação sexual. Foram feitos dois pedidos de habeas corpus desde que o professor foi preso preventivamente, ambos negados. O argumento da juíza é de que há “provas de materialidade e indícios suficientes de autoria”.

Após a prisão de Veiga vir à tona, ex-alunos do Colégio Rio Branco se manifestaram afirmando também terem sofrido abusos quando foram alunos dele, entre 1986 e 2003.

Em relatos que constam no atual processo, os homens dizem ter passado, quando adolescentes, por um “ritual” do programa de monitoria na escola, que consistia em ficarem nus e se pintarem com tinta.

A partir desses depoimentos, a Promotoria de Serra Negra pediu a apreensão e análise de equipamentos eletrônicos do professor. A suspeita era de que ele armazenasse e compartilhasse essas fotos.

O laudo foi finalizado em 4 de dezembro e recebido pela Promotoria em 9 de janeiro. O documento não informa sobre quem são os menores nas imagens e se há ex-alunos entre eles. Assinado pelo Instituto de Criminalística de Campinas, o texto diz que “foram encontradas imagens com aparente nudez de indivíduos aparentemente menores de idade”. O promotor do caso, Gustavo Pozzebon, afirmou ao UOL que já fez outra denúncia criminal contra Veiga.

 

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