Internautas pedem cassação do Deputado Federal Ricardo Salles

Imagem: Veja

Internautas protestam nas redes sociais e chegam a pedir a cassação de Ricardo Salles (PL-SP) após uma postagem sobre a tentativa de golpe na Bolívia. Com #ForaSalles e abaixo-assinado, usuários do X, antigo Twitter, pedem que Salles perca o cargo de deputado federal.

O político do PL fez uma postagem no X, antigo Twitter, afirmando que “melancias” da Bolívia têm culhões, logo após a repercussão do anúncio de um golpe de Estado no país, comandando pelo ex-comandante do Exército, Juan José Zuñiga, na quarta-feira (26).

Na postagem, ele escreve, em espanhol, com um erro, e entre aspas: “En Bolívia las melancias tienen cojones… “. Em tradução livre, Salles diz que os “melancias”, que seriam os militares bolivianos, têm “culhões”.

O termo melancia é usado de forma pejorativa pela extrema direita para se referir ao Exército, com a ironia de que eles vestem uniforme verde, mas teriam, por dentro, pensamento vermelho, de esquerda. Em espanhol, porém, melancia se traduz como sandía.

Zuñiga foi preso após liderar invasão ao palácio presidencial da Bolívia.DANIEL MIRANDA / AFP

Um abaixo-assinado divulgado no X, com mais de 180 mil assinaturas, na noite desta quinta-feira (27/6), afirma que Salles “celebrou a tentativa de golpe militar na Bolívia”. O deputado nega, mas brinca com o movimento.

Três deputados federais do PSol entraram com uma representação contra Ricardo Salles na Procuradoria-Geral da República (PGR), após o parlamentar publicar que “melancias” da Bolívia têm “culhões”, no dia da tentativa de golpe militar no país. Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim e Glauber Braga pedem abertura de processo criminal contra Salles.

A representação dos deputados do PSol pede que Salles seja “processado criminalmente pelos supostos atos ilegais e criminosos estabelecidos nos artigos 286 (Incitação ao crime), parágrafo único (Incitação pública das Forças Armadas) e 287 (Apologia de Crime ou Criminoso) previstos no Título IX (Dos Crimes contra a Paz Pública) do Código Penal”.

Com informações: Metrópoles

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