A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (9) que ele “jamais participou ou mesmo conhecia tais ‘minutas golpistas'”.
“O ex-presidente não tem o costume de fazer a leitura de textos no próprio telefone celular, certamente em razão das dimensões limitadas da tela e a necessidade hodierna de uso de lentes corretivas, razão porque pediu à sua assessoria a impressão do documento em papel”, diz a nota enviada pela defesa.
A nota ainda diz que, “tendo tomado conhecimento da existência só e somente por conta da apreensão do telefone do tenente-coronel Mauro Cid, e a partir do acesso que lhe foi legalmente oportunizado por seu advogado constituído na investigação, que identificou tais elementos.”
Defesa diz presidente imprimiu documento para facilitar leitura – Na quarta-feira (8), a Polícia Federal (PF) encontrou na sede do Partido Liberal (PL) um documento que defende e anuncia a decretação de um Estado de Sítio e da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no país. Segundo apuração do colunista Valdo Cruz, o documento foi encontrado na sala de Bolsonaro.
Ainda na quarta-feira, a defesa do ex-presidente disse que teve acesso aos arquivos da investigação e que o ex-presidente, desconhecendo o conteúdo das supostas minutas, solicitou o documento. “O ex-Presidente — desconhecendo o conteúdo de tais minutas — solicitou ao seu advogado criminalista, Dr. Paulo Amador da Cunha Bueno, que as encaminhasse em seu aplicativo de mensagens, para que pudesse tomar conhecimento do material dos referidos arquivos.”
De acordo com a defesa, em 2023, após a apreensão de celulares do tenente-coronel Mauro Cid, a investigação encontrou possíveis minutas de decretos de Estado de Sítio ou GLO durante a análise dos aparelhos.
O documento – O papel foi encontrado durante operação para apurar o envolvimento de Bolsonaro, militares e ex-ministros num suposto plano para dar um golpe de Estado no fim de 2022 e evitar a eleição de Lula como presidente. O documento não está assinado.
Com informações: G1