Imagem: Istoé
Duas explosões mataram nesta quarta-feira (3) 103 pessoas que caminhavam em procissão para o túmulo de Qassem Soleimani, o general iraniano morto por um ataque com drone dos Estados Unidos em 2020, no Irã.
O grupo, segundo autoridades locais, faria uma homenagem pelos quatro anos da morte de Soleimani, ex-comandante da Guarda Revolucionária do Irã e uma das pessoas mais influentes no país quando morreu, em 3 de janeiro de 2020.
O governo iraniano chamou a explosão de um atentado terrorista e disse se tratar de um ataque suicida cometido por pessoas que estavam no meio da multidão. Nenhum grupo havia reivindicado o ataque até a última atualização desta notícia.
O ministro de Interior iraniano, Ahmad Vahidi, prometeu uma “resposta retumbante” ao suposto ataque.
A imprensa local afirmou que as explosões ocorreram em uma rua a caminho do cemitério onde o corpo de Soleimani está enterrado, na cidade de Kerman, na região central do país.
A primeira explosão, segundo os meios iranianos, aconteceu a cerca de 700 metros do túmulo do general iraniano. Jornalistas locais relataram também ainda haver diversos corpos espalhados pelo local.
A morte de Soleimani provocou uma onda de revolta no Irã contra os Estados Unidos – o general, à época, era o chefe de uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã e um dos homens mais poderosos do país.
Ele foi morto por um ataque com drones no aeroporto internacional de Bagdá, no Iraque, onde Soleimani estava, acompanhado de uma comitiva, em uma operação secreta ordenada pelo então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
À época, o Pentágono, que comandou o ataque, alegou que Soleimani estava por trás de mortes de soldados norte-americanos no Oriente Médio e planejava futuros ataques iranianos.
Logo após o ataque, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança e disse que “redobraria” a “resistência” contra os EUA e Israel.
Desde então, o governo iraniano tem aumentado o apoio e o financiamento a grupos que atuam contra Israel, como o Hamas e o Hezbollah.
Quando morreu, ele liderava havia 15 anos a Força Al Quds, a unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, e era apontado como o cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do país.
Com informações: G1