ESTADO: Professor condenado por assédio 5 anos atrás volta a ser denunciado por alunas

Suspeito de importunação sexual é professor na Escola Estadual Joaquim Murtinho. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo) 

Três adolescentes de 16 e 17 anos denunciaram um professor de Física, da Escola Estadual Joaquim Murtinho, por importunação sexual. Segundo as vítimas, o profissional passava a mão nelas durantes as aulas em sala de aula. Em 2018, o suspeito já havia sido condenado pelo mesmo crime. Na época, além de assediar alunas, ele apalpou as nádegas de uma professora, 30 anos.

No dia 6 de outubro deste ano, foi deferido o pedido de medida protetiva a favor das vítimas, mas mesmo após a determinação judicial, o homem continua dando aula na escola.

Conforme apurado pelo Campo Grande News, a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente) instaurou inquérito contra o professor pelo crime de importunação sexual em 2018. Na época, adolescentes com idades entre 15 e 17 anos o acusaram de manter contato físico com elas.

Na ocasião, o professor respondeu processo administrativo disciplinar na SED (Secretaria Estadual de Educação) e ficou afastado de suas atividades por alguns meses.

Algum tempo depois, o homem voltou a lecionar na mesma escola e dessa vez, a vítima foi uma professora temporária da disciplina de língua portuguesa.

A vítima fez boletim de ocorrência contra o professor na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), a denúncia se transformou em processo judicial e ele foi condenado. Apesar de se tornar réu, o homem continua dando aula na escola.

Casos recentes – Neste ano, três adolescentes do ensino médio de 16 e 17 anos foram até a DEPCA acompanhadas pelos pais e denunciaram o professor de importuná-las. De acordo com os relatos das vítimas, o homem pega nos braços, no pescoço, passa a mão nas costas, cabelo e mantém contato físico com alunas.

Os fatos ocorreram dentro da sala de aula. Na última sexta-feira (6), a Justiça determinou através de medida protetiva que o professor fique a 300 metros de distância das alunas, mas apesar da decisão judicial, o homem continua dando aula na escola.

A reportagem entrou em contato com a SED (Secretaria Estadual de Educação) que em nota informou não ter sido notificada a respeito da medida protetiva, mas uma vez deferida, ela resultará no afastamento do profissional. A pasta destaca, ainda, que já foram realizados os encaminhamentos necessários para a abertura de um PAD (Processo Administrativo Disciplinar), visando averiguar as denúncias.

 

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